Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia sobre a garantia de conduta segura estendida a dois ex-funcionários para viajar ao México, detidos hoje no aeroporto, gerou grande insatisfação redes sociais.

O ex-ministro de Minas César Navarro e o ex-vice-ministro da Agricultura Pedro Dorado, que ficaram 82 dias na Embaixada do México em La Paz, foram presos quando se preparavam para viajar para a nação asteca depois de receberem na véspera a conduta segura do governo de fato para a sua saída do país.

A embaixada do México transferiu os requerentes de asilo para o aeroporto de El Alto com a garantia do salvo-conduto emitido pelo governo boliviano. Nesse sentido, os requerentes de asilo devem ser transferidos para o México sem qualquer problema sob a garantia do salvo-conduto”, revelou o ministério em sua conta do Twitter.

Apesar das alegadas garantias do regime golpista e de uma comissão de mediadores internacionais, o Ministério do Governo deteve-os esta manhã no aeroporto internacional da cidade de El Alto.

O usuário ‘MarielaMMiranda’ escreveu na mesma rede social ‘eles não respeitam nada, que tipo de governo são eles’, enquanto o usuário de internet ‘JarandillaCiro’ expressou sua rejeição e comentou ‘ruim, a Bolívia parece ruim’.

Da mesma forma, ‘Raulbar’ comentou ‘doloroso incidente, digno chanceler’ e ‘ArturoFortun questionou Karen Longaric, Ministra das Relações Exteriores nomeada pela autoproclamada Presidente Jeanine Áñez, quando ela expressou ‘você terá que dar explicações ao mundo por tal violação dos tratados internacionais’. Esta gerência afundou a diplomacia boliviana na lama”.

Da Secretaria do Fórum de São Paulo repudiamos o ato arbitrário e ilegal de detenção dos ex-ministros Cesar Navarro e Pedro Damian contra todas as normas internacionais. Solidariedade”, escreveu Monica Valente.

Esta nova prisão faz parte da longa lista de políticos perseguidos que simpatizam com o Movimento para o Socialismo pelo governo golpista instalado após o golpe de Estado de 10 de novembro contra o então presidente Evo Morales (2006-2019).