Abstenção foi a maior desde 1975, quando foi realizada a primeira eleição após a Revolução dos Cravos; portugueses gostaram da geringonça, disse premiê Costa

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O premiê, que deve se manter no cargo, agradeceu a votação. “Os portugueses gostaram da ‘geringonça’ e desejam a continuidade, com um PS mais forte”, disse. “O PS ganhou as eleições e reforçou claramente a sua posição em Portugal. Aumentou e ganhou em votos e em mandatos.”

O Bloco de Esquerda se colocou à disposição para conversar com o PS. “No Bloco de Esquerda, os compromissos são para valer. A responsabilidade é toda. A disponibilidade também”, afirmou Catarina Martins, coordenadora nacional do grupo. “O Bloco estará no Parlamento com toda a disponibilidade para negociar dentro dos seus compromissos e está preparado para negociar uma solução que ofereça estabilidade para o país.”

A CDU registrou uma queda em relação a 2015, quando obteve 8,25% dos votos e 17 assentos. O líder do PCP (Partido Comunista Português), Jerónimo de Sousa, reconheceu a perda. “Mas estamos longe daquelas declarações mais ou menos agoirentas que consideravam que a CDU estava arrumada, quando alguns anunciavam o seu declínio e morte. O que dirão hoje esses senhores que comentavam o fim da CDU?”, questionou.

Sousa não exclui votar programaticamente com governo, mas disse que não vai repetir a “cena do papel” – oportunidade em que o PS assinou com cada um dos membros da “geringonça” os pontos de convergência para sustentar a administração de Costa. “[O PCP vai trabalhar] Sem compromissos mútuos em termos formais ou institucionais, mas de forma independente.”

 

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