Evento acontece das 17h de sábado até as 17h de domingo, no Centro Cultural da Juventude da Vila Nova Cachoeirinha

Por Nadine Nascimento/Brasil de Fato

A programação do evento, que tem como tema “A resistência que transforma”, baseia-se em três eixos: corpo, cidade e luta / Helena Zelic/Sempreviva Organização Feminista
Neste fim de semana, a Zona Norte de São Paulo (SP) irá receber a Virada Feminista 2016, organizada pela Sempreviva Organização Feminista (SOF) e pela a Marcha Mundial das Mulheres. O evento acontecerá das 17h de sábado até as 17h de domingo no Centro Cultural da Juventude, na Vila Nova Cachoeirinha.

“Esperamos que a Virada nos fortaleça coletivamente e que a gente se reconheça nas outras mulheres e construa juntas, compreendendo ainda mais o feminismo como uma resistência coletiva. Queremos que a virada impulsione as lutas que virão”, enfatiza Helena Zelic, que faz parte da equipe da SOF.

Em sua segunda edição, o evento foi viabilizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo, que garantiu a participação de todas as artistas e as convidadas. As atividades são abertas a todos e todas, mas as vagas das oficinas são reservadas às mulheres.

Programação

A partir do tema “A resistência que transforma”, a programação do evento se baseia em três eixos: corpo, cidade e luta, e terá atividades de dança, cinema, teatro, literatura, internet livre, fotografia, agroecologia, grafite, artesanato e culinária.

Para os shows, já estão confirmados nomes como a Yzalú, Rap Plus Size, Liga do Funk, a jovem rapper MC Soffia, o bloco afro Ilú Obá de Min e o projeto Tambores de Mim, uma parceria do Samba das Mulheres Negras, Levante Mulher e Movidas pela Capoeira. A programação completa pode ser conferida aqui.

No Centro Cultural da Juventude, também acontece um acampamento comunitário para receber quem mora longe. Agricultoras do Vale do Ribeira, por exemplo, vão estar presentes vendendo produtos orgânicos e debatendo sobre economia solidária e sobre a relação entre o campo e a cidade.

#ForaTemer

Além disso, a Virada Feminista será um ato de resistência política em oposição ao governo Temer. “A gente faz questão que essa Virada seja resistente contra o golpe e pela democracia. Desde o ano passado, a gente vem falando sobre o avanço do conservadorismo e como ele é machista, misógino, patriarcal e ataca todas as mulheres. Então, o debate da conjuntura, do ‘Fora, Temer’, vai estar colocado em pauta”, diz Helena.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

O artigo original pode ser visto aquí