A pressão das ruas pode comemorar outra vitória. O projeto conhecido como “Cura Gay” foi retirado da pauta de votação do Congresso Nacional hoje à tarde. O próprio autor do projeto, o deputado do PSDB, João Campos, decidiu pela retirada para não sofrer uma flagrante derrota.

O projeto, que ficou conhecido como “Cura Gay”, propunha a derrubada do veto que proíbe os psicólogos de fazerem tratamento para reverter a homossexualidade. Este tratamento é proibido pelo conselho federal de Psicologia e também rejeitado pela Organização Mundial da Saúde.

Boa parte da bancada evangélica apoiava o projeto e seu líder foi o pastor-deputado Marcos Feliciano, que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A contrário do que a mídia costuma afirmar, nem todos os deputados evangélicos apoiavam a iniciativa.

Este assunto tem sido fonte de protestos da comunidade LGBT e de grande parte da sociedade em todo o Brasil. Vale lembrar que a ex-candidata Marina Silva, altamente festejada pela mídia, declarou em vídeo apoio ao deputado-pastor, desviando-se do projeto em si e afirmando que ele era vítima por ser evangélico. O partido do deputado, o PSDB, lançou uma nota no último dia 26 afirmando ser um “retrocesso” o projeto, com isso retirou seu apoio.

Ainda falta muito para que os direitos dos  LGBTs estejam assegurados, a próxima conquista importante é o estatuto que criminaliza a homofobia.