Nova Déli, 8 mar (Prensa Latina) Com uma Indira Gandhi que em seu momento sentou cátedra como primeira-ministra, ou uma Meira Kumar honrando hoje a presidência do Parlamento, a Índia marcha atrasada no que respeita à participação feminina na política.

No Dia Internacional da Mulher, meios de imprensa locais recordaram que segundo dados publicados pela União Interparlamentar ia (UI)as indianas só representam 11 e 10,7 por centos do total de membros da Lok Sabha e a Rajya Sabha, as câmeras baixa e alta do Parlamento.

Essas cifras colocam ao país no lugar 105 mundialmente no que se refere à participação feminina em política se refere, muito por detrás inclusive de alguns de países vizinhos que também não brilham nesse aspecto como Paquistão, Bangladesh e Nepal.

Ainda que a titular da Lok Sabha seja a qualificada Meira Kumar, só outras 59 mulheres fazem parte dessa câmera, de 545 cadeiras.

A Rajya Sabha, enquanto, aprecia-se de contar com figuras como a senadora comunista Brinda Karat, mas no parlamento -de 240 cadeiras- unicamente a acompanham 23 mulheres.

A escassa participação das indianas na política levou as ativistas femininas a exigirem uma maior representação nos órgãos de governo e a aprovação de uma lei que durante 15 anos prometeu reservar às mulheres a terceira parte dos postos no Legislativo.

Decepcionada, a secretária geral da Associação Democrática de Mulheres de Toda a Índia, Sudha Sundararaman, perguntou por que o Parlamento não pode destinar 33 por cento das cadeiras às mulheres se os panchayats (órgãos locais de governos) lhe destinam até 50 por cento.

O governo devia deixar de falar e de fazer promessas sobre o tema -disse- e converter em ações as palavras.