Sanaa, 15 fev Atentados à bomba seguidos causaram fortes danos na residência do governador e em uma base militar na província central de Bayda, disseram hoje fontes oficiais iemenitas que se abstiveram de mencionar se houve vítimas.

Os ataques ocorreram de forma consecutiva na quinta-feira, em meio a uma trégua da ofensiva para resgatar três estrangeiros, dois finlandeses e um austríaco, sequestrados semanas atrás nesta capital.

O artefato explosivo contra a casa do governador Al Dhahiry Al Shaday foi tão potente que também danificou várias casas próximas, disseram fontes de segurança em um comunicado que responsabiliza desconhecidos pelo fato.

Outra bomba foi detonada na entrada do edifício que alberga o comando das Forças de Segurança Política nessa mesma localidade, segundo o comunicado.

No dia anterior, um delegado da milícia armada Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) se reuniu nesta capital com representantes das autoridades concentradas nas negociações para libertar os reféns estrangeiros, afirma o jornal diário Iêmen Post, que cita um informante anônimo.

Os contatos foram patrocinados por líderes tribais que disseram poder convencer os membros da AQPA a abandonarem a cidade de Rada, na província de Bayda, em troca do fim da perseguição do Exército.

As conversas não renderam frutos porque o presidente provisório iemenita, Abdrabu Mansur Hadi, exigiu que os familiares do líder da AQPA na zona, Abdul Raouf Al-Dhahab, entreguem suas armas.

A ofensiva militar, apoiada pela aviação estadunidense, coincide com os preparativos para um diálogo nacional convocado pelo Governo para pacificar o país, atolado na violência desde os protestos em massa iniciadas há dois anos contra o ex presidente Ali Abdullah Saleh.