Damasco, 31 jan (Prensa Latina) Organizações e governos de várias partes do mundo se manifestaram hoje contra a agressão perpetrada por aviões de combate israelenses a uma instalação de pesquisa científica militar perto da capital.

O ministro de Exteriores e Emigrantes do Líbano, Adnan Mansour, condenou energeticamente o bombardeio realizado na madrugada de quarta-feira contra um centro de estudos e análises militares em Jemrayya, na província de Damasco Campo.

Segundo o chanceler libanês, o fato constitui uma violação descarada à soberania do país, que além disso demonstra que a conduta de Tel Aviv desde 1948 é uma ameaça permanente para a paz e segurança árabe, assegurou.

Por sua vez, a Liga Árabe qualificou de agressão brutal a violação do espaço aéreo sírio e o bombardeio nas proximidades da cidade de Damasco.

Em um comunicado de imprensa, a secretaria geral da Liga Árabe manifestou sua oposição ao acontecimento, que qualificou como uma violação descarada ao território e soberania de um Estado árabe.

Os bombardeios perto de Damasco nesta quarta-feira violam a Carta das Nações Unidas, as normas de Direito Internacional e as resoluções do Conselho de Segurança, agregou.

A organização exigiu que a comunidade internacional assuma suas responsabilidades e pressione Israel para que pare de vez com seus contínuos ataques a Estados árabes.

O silêncio internacional em relação a ataques anteriores contra a Síria incentivou o governo sionista a continuar suas agressões, aproveitando a difícil situação que atravessa a nação levantina, afirmou o comunicado.

A Rússia expressou sua profunda preocupação pelo bombardeio de aeronaves de guerra israelenses contra território sírio, ataque que descreveu como uma violação inaceitável da Carta das Nações Unidas.

O Ministério de Exteriores russo afirmou em comunicado emitido nesta quinta-feira, que “Moscou recebeu com profunda preocupação a notícia do ataque aéreo israelense contra as proximidades de Damasco”.

Consideramos que tal ataque ao território de um Estado soberano é injustificável, o que constitui uma violação à Carta das Nações Unidas, quaisquer que sejam as justificativas, considerou o ministério russo.

Fez um chamado a tomar medidas rápidas para esclarecer a situação com todos seus detalhes, e chamou de novo a deter qualquer forma de violência na Síria, a evitar qualquer tipo de ingerência em seus assuntos internos e a apoiar o início do diálogo nacional com base na Declaração de Genebra.