Quatro anos se passaram desde que os países membros da ONU assinaram a disposição de construir um Tratado de Controle do Comércio de Armas, que regulasse as transferências de armas e munições entre as nações do mundo. Ao longo deste período, dezenas de encontros e conferências foram realizados, com o objetivo de promover uma ampla discussão sobre a abrangência e os pontos fundamentais que o Tratado deve contemplar.

Agora, o processo chega ao seu momento mais importante: o fim das discussões para o início das negociações de fato. “É quando os diplomatas dos países sentam-se à mesa e negociam os pontos que entram e aqueles que não entram no acordo”, conta Heather Sutton, coordenadora de mobilização da área de controle de armas do Instituto Sou da Paz.

As negociações serão feitas em uma série de Conferências Preparatórias até 2010 quando a Conferência de Revisão definirá o texto final do Tratado. A primeira Conferência Preparatória está acontecendo em Nova Iorque do dia 12 ao 23 deste mês, “É um processo longo, mas absolutamente fundamental. O Tratado deve impor regras e definir, para todos os países do mundo o que pode e o que não pode ser feito no comércio de armas mundial. Hoje não existe nenhuma lei válida para todos e o reflexo disso são mais de 740 mil mortes por arma de fogo no mundo todos os anos”, alerta Heather.

A coordenadora também conta que, de acordo com os dados da Anistia Internacional, 60% de todas as violações aos Direitos Humanos registrados pela ONG no mundo são cometidos com armas de fogo.

Todo cidadão pode fazer sua parte do projeto, assinando o Tratado do Povo, que apresenta os pontos fundamentais que um Tratado de Controle de Armas deveria contemplar para ser forte e eficaz.

Para conhecer o tratado do povo, entre em:

Para aderir, basta enviar um e-mail para controlarms@soudapaz.org com seu nome completo e o assunto “EU APOIO O TRATADO”.