Uma das grandes e históricas violências contra a mulher está próxima de chegar ao fim em Uganda. O país está a ponto de aprovar uma lei para proibir a mutilação genital feminina, muito comum entre as tribos do leste do país, anunciou a presidência.
“De acordo com o que Deus fez, não há nenhuma parte do corpo humano que seja inútil”, declarou o presidente Yoweri Museveni.
“Vocês interferem na obra de Deus. Alguns dizem que é cultura. Sim, apóio a cultura, mas vocês devem apoiar uma cultura que seja útil e baseada em informação científica”, completou.
A mutilação consiste em geral na ablação do clítoris e, com frequência, dos lábios menores. Outra mutilação é a infibulação, consistente em uma excisão completa com a ablação dos lábios maiores, com uma sutura completa para impedir o coito.
A mutilação genital é executada por crenças que vão desde que a mesma inibiria o apetite sexual “indesejável” em uma mulher até supostos benefícios de saúde ou higiene. Entre 100 e 140 milhões de mulheres no mundo já foram vítimas da prática, segundo a ONU.