O mundo está a passar por uma situação política complicada e o pedido popular por paz está a aumentar.

“A situação que estamos a enfrentar agora não é resultado da loucura do Putin ou Zelensky, mas sim um processo complexo com consequências que vão além de guerra e violência, e as pessoas querem paz”, declarou Federica Fratini, activista e humanista da organização Europe for Peace

Criada em 2007 por membros do movimento humanista, Europe for Peace clama pelo fim da militarização, discursos de ódio e paz mundial. O foco da organização está agora em “parar com a loucura da guerra entre a Rússia e Ucrânia antes que se transforme na Terceira Guerra Mundial”. 

Federica Fratini, porta-voz e membra da Europe for Peace afirmou que, devido à complexidade da situação, e ao facto de esta ter escalado rapidamente, “não há a possibilidade de resolver este conflito sem os países se sentarem e explicarem uns aos outros”.

As consequências da guerra vão além de morte e destruição e afetam, mais tarde ou mais cedo, toda a gente. O preço dos alimentos aumentou 14% em todo o mundo e o combustível subiu mais de $100 por barril desde o início da guerra. “Na nossa posição, nós podemos e devemos exigir responsabilidade de todas as partes envolvidas, não só a Ucrânia e Rússia, mas toda a Europa, EUA e NATO”, Fratini declarou.

Europe for Peace pede por uma abordagem diplomática pacífica em oposição à solução proposta pelos governos, que resulta maioritariamente em violência, armas e mortos. O objetivo desta manifestação é criar as condições adequadas para prosseguirmos para o diálogo. 

“Parece que os governos não veem nada além de guerra e armas. Eles querem ganhar, eles precisam ganhar”, Fratini explicou. “Eles não falam de paz, porque o objetivo é sempre vencer”. 

A organização Europe for Peace está a lançar uma campanha pacífica exigindo o “direito à saúde, à educação, ao trabalho e a um planeta habitável”, que terá lugar no dia 2 de abril. Fratini disse: “Estamos a convidar toda a gente a manifestar-se. Já que o governo não escuta a voz do povo, então temos que fazer valer a nossa voz.

Esta é uma campanha política, social, espiritual e económica que, em conjunto, formam uma campanha humanista, onde a complexidade do ser humano é repensada para que possamos fazer um ato pacífico e consciente .

A manifestação é aberta ao público, mas para quem não pode atender uma campanha pacífica, existem outras maneiras de ajudar a chamar a atenção.  “Nós acreditamos que a melhor maneira de homenagear os lesados é fazer alguma coisa para prevenirmos isto de acontecer de novo, e toda a gente pode fazer algo”, a porta-voz declarou.

Uma das coisas recomendadas pela Europe for Peace é desligar a televisão e redes sociais por um dia, para que a população passe algum tempo sem informações e manipuladas pelos media e, ao invés disso, “engajar em comunicação direta”.

“Nós convidamos toda a gente e todas as organizações a manifestar e criar alguma coisa. 

Não importa o quê, apenas façam algo: organizem um protesto, coloquem panfletos, escrevam uma carta para a embaixada ou façam uma reza, qualquer coisa para tentarmos terminar com esta guerra”, a organização pede.