TEATRO

Por Roma Assessoria

 

PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA e PROGRAMA DE FOMENTO À CULTURA

apresentam

A ILHA DO FAROL

Performance de João Vicente, diagnosticado com ELA, acontece no Sérgio Porto

 

Espaço Cultural Sérgio Porto apresenta de 1º a 15 de fevereiro o espetáculo A ILHA DO FAROL. O monólogo, interpretado pelo ator João Vicente, é uma pesquisa cênica performativa cuja temática guia é a perda gradual dos movimentos causada pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), os impactos no cotidiano e os questionamentos proporcionados, tanto na condição de ser humano quanto no pensamento como artista/performer. João foi diagnosticado com esta rara doença neurodegenerativa em 2020.

João vive agora numa ilha e é deste território que se comunica. Ali, de frente para o movimento do mar, há um farol, e é deste lugar que sinaliza ao mundo que ainda está vivo e que precisa de ajuda. A performance apresentará elementos biográficos intercalados com estruturas narrativas oriundas de um estudo sobre o trabalho do faroleiro, ofício raro cuja definição mais simplória já pode ser lida com sentido ampliado e poético: a luz dos navegantes.

O trabalho foi contemplado no edital Cultura Inclusiva nas Redes – SECEC e estreou durante o Festival Integrado de Teatro da UNIRIO – FITU 22, em um evento organizado em parceria com o Núcleo do Ator e o Programa Enfermaria do Riso, projetos sediados na UNIRIO. Além da UNIRIO, o espetáculo foi apresentado para estudantes da CAL – Casa das Artes de Laranjeiras.

A Ilha do Farol realizou sua primeira temporada no Teatro Ipanema em novembro de 2022. Além das apresentações, o ator João Vicente conduzirá uma oficina de teatro gratuita nesse mesmo teatro.

Além da nova temporada, nas próximas semanas o espetáculo fará uma apresentação única no auditório da Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação – Unidade Rio de Janeiro para pacientes com doenças neurodegenerativas e médicos.

O espetáculo sob a ótica do artista:

Em 2020 recebi o seguinte diagnóstico: tenho ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença neurodegenerativa rara. É evidente as transformações no meu corpo, esta máquina fantástica e misteriosa que ofereço ao teatro há muitos anos. Ilha do Farol é meu primeiro projeto nessa condição e, portanto, tenho muito a dizer e a perguntar.

Este projeto é uma pesquisa cênica performativa cuja temática guia é a perda gradual dos movimentos, os impactos da doença no meu cotidiano e os questionamentos proporcionados por ELA tanto na minha condição como ser humano quanto no meu pensamento como artista/performer.

Após o contato com a doença, fui interpelado por questões como: num contexto de perda de movimento, que ações são possíveis? Que gestos nos restam? Há um gesto genuíno, essencial, que nos acompanha e que resiste em qualquer circunstância, apesar de tudo? Nesta pesquisa, pretendo investigar que vida – e que teatro – há para além dos movimentos e da autonomia das ações. Também pretendo pensar no contato com o outro e nas redes mútuas de apoio para a construção de uma individualidade – e de uma cena – que só existe no atravessamento pela dimensão coletiva.

O João que falará neste projeto vive numa ilha e é deste território que se comunica. Ali, de frente para o movimento do mar, há um farol, e é deste lugar que sinaliza ao mundo que ainda está vivo e que precisa de ajuda. Este trabalho apresentará elementos biográficos intercalados com estruturas narrativas oriundas de um estudo sobre o trabalho do faroleiro, ofício raro cuja definição mais simplória já pode ser lida com sentido ampliado e poético: “a luz dos navegantes”.

Ficha Técnica:

Interlocução Artística: Jef Lyrio, Letícia Medella, Sergio Kauffmann e Victor Seixas

Produção: Lia Sarno

Colaboração: Juliana Brisson, Nayana Machado, Alexandre Guimarães, Rafael Lorga e Igor Angelkorte

Fotos: Clarice Lissovsky

Vídeo: João Pedro Orban

Assessoria: Roberta Mattoso

Apoio: Programa Enfermaria do Riso e UNIRIO

Arte: Alice Cruz

Agradecimento: Eliana Caruso e Ana Achcar

 

Serviço:  A Ilha do Farol

ESPAÇO CULTURAL MUNICIPAL SÉRGIO PORTO: Rua Humaitá, 163 – Humaitá, Rio de Janeiro – RJ.

De 1º/2 a 15/2, quartas-feiras, às 20h

Bate-papo nos dias 1 e 15 de fevereiro após as apresentações.

Oficina gratuita com o ator João Vicente: dias 6 e 13 de fevereiro, das 15h às 17h

Valor: 40 reais (inteira) – 20 reais (meia-entrada)

VENDA DE INGRESSOS NA BILHETERIA DO TEATRO OU PELO SYMPLA

Redes Sociais: @jovemsente

Benfeitoria: benfeitoria.com/projeto/ailhadainercia