Paulo Guedes em reunião com a equipe técnica do Ministério da Economia definiu o valor médio do programa Renda Brasil, que substituiria o Bolsa Família, em R$ 247. Mas para a implementação do novo programa social, o governo cortaria outros. Entre eles o Farmácia Popular.

O programa, criado em 2004, tem farmácias credenciadas que oferecem 35 remédios, sendo 20 gratuitos e com descontos de até 90% para o tratamento de hipertensão, diabetes, asma, Parkinson, fraldas geriátricas e contraceptivos.

São 31 mil farmácias que atenderem, em 2019, mais de 20 milhões de pessoas. Mesmo sabendo que o programa reduz internações e mortalidade devido a comorbidades como diabetes e hipertensão, o ministério avalia extinguir o Farmácia Popular.

A Abrafarma – Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogaria – calculou que em 2020, houve um aumento de 17% nas vendas de medicamentos na Farmácia Popular, o que indica que mais gente está precisando pagar menos pelos remédios. O programa reduz também gastos da União com saúde, fornecendo tratamentos mais em conta para doenças crônicas.

O Farmácia Popular é um dos programas de saúde mais exitosos do Ministério, junto ao programa de tratamento e prevenção do HIV/Aids. Acabar com ele é jogar a população mais necessitada, em especial durante a pandemia onde muita gente perdeu sua fonte de renda, numa situação ainda mais vulnerável.

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