O candidato do Partido Social Liberal (PSL) Jair Bolsonaro, de extrema-direita, foi eleito presidente do Brasil neste domingo (28/10). O deputado assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2019 para um mandato de quatro anos.

Com 92,08% das urnas apuradas, Bolsonaro obteve até o momento 55,63% dos votos. Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), alcançou 44,37%.

A campanha de Bolsonaro foi marcada pela disseminação de fake news. O candidato chegou a ser proibido de reproduzir conteúdos afirmando que o livro Aparelho Sexual e Cia tinha sido distribuído em escolas públicas pelo Ministério da Educação quando Haddad era ministro da pasta. O tribunal também determinou que 55 links em que Bolsonaro colocava à prova a confiabilidade da urna eletrônica fossem retirados do ar.

Ferrenho defensor da ditadura militar – regime responsável por perseguir, prender, torturar e matar milhares de pessoas entre 1964 e 1985 -, Bolsonaro é conhecido por suas frases homofóbicas, racistas e misóginas, o que o transformou em um símbolo da extrema-direita.

Bolsonaro foi vítima de uma facada no abdômen no começo de setembro enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Desde então não participou de nenhum dos debates, mesmo após ser liberado pelos médicos.

Militar da reserva, o presidente eleito foi vereador do Rio de Janeiro (1989-1990) e é deputado federal desde 1991 pelo Estado do Rio de Janeiro. Bolsonaro atualmente cumpre o seu sétimo mandato exercendo o cargo.

Entre as pautas mais defendidas pelo presidente eleito está a castração química para estupradores e a liberação do porte de armas.

O artigo original pode ser visto aquí