SOMOS MULHERES MIGRANTES, resolvemos nossas vidas todos os dias: nosso trabalho, nossa sexualidade, nossas relações afetivas… resolvemos tudo, enfrentamos tudo, damos conta, sim, somos heroínas, vamos para o mundo com o passaporte na bolsa e o batom também.

Mas somos vulneráveis. Acidentes acontecem: um relacionamento abusivo do qual não queremos consequências nas nossas vidas, um preservativo rompido, um esquecimento, a pressa da paixão, porque não? acidentes acontecem… porém a maternidade não é algo que se improvisa, respeitamos a vida e é por isso que queremos estar preparadas e asumi-la com a maturidade que nos caracteriza.

Rejeitamos a maternidade não desejada.

Apoiamos as políticas de legalização do aborto porque queremos ter equidade de direitos, isto é, o igualitário e livre acesso e exercer o controle sobre nosso corpo amparadas pelas políticas públicas de saúde nos nossos países de acolhida. Para que brasileiras na Argentina, bolivianas no Uruguay, colombianas no Brasil, etc, não estejamos sós neste procedimento médico, pois toda mulher precisa o apoio legal para pensar a opção da maternidade e também o aborto para continuar o caminho.

É por isso que queremos que por lei os estados legalizem o apoio médico de profissionais que acompanhem esta opção sem julgamentos.

Como MULHERES MIGRANTES da Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas queremos que se amplie o debate em todos os Estados e que sejam garantidas estas políticas sem distinção de nacionalidade ou tipo de permanência no país. Exigimos a igualdade de direitos e garantias no sistema público de saúde.

A maternidade não é obrigação é sim uma opção.

APOIAMOS ÀS POLÍTICAS DE LEGALIZAÇÃO DO ABORTO EM TODOS AS NAÇÕES.

Texto: Elizabeth Suarique, Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas.