Essas últimas semanas não tem sido fáceis… Todos já suspeitando o desenlace final… pedras já cantadas…
Se já tava estranho a sensação pós placar de 6×5 no Supremo Tribunal, não pude deixar de ficar triste com o circo montado em torno ao pedido de prisão do Lula.
Não só pelo que ele representa como líder político relevante, mas o caráter opressivo contundente de agressão não só a ele… mas ao estado de direito. As cúpulas de poder político e econômico tudo é permitido.
Hoje tiveram Atos políticos em diversas cidades.  E fiz os registros na que participei no Rio de Janeiro.  Estava animado, porém com volume aquém do que imaginava… o que demonstra certa fragmentação das forças de esquerda, em geral mais preocupadas quando a Democracia sofre ameaça.
Nesse contexto não nos resta outra coisa senão lutar…
Não haverá uma luta decisiva… Terá que haver muitas lutas em diversos campos.
Dada a desproporcional força a favor do estado de exceção, haverá lugares de luta onde não se poderão vencer neste momento.
As manifestações nas ruas são importante como coesor, como motivador do espírito coletivo e como demonstração que existem forças de resistência.
Mas, haverá incontáveis lutas… no campo eleitoral (espaço que não sepode abrir mão)… e também nos bairros onde todos os direitos são pisoteados: quando morre um jovem, quando um pronto socorro fecha, quando uma escola não tem todos os professores…
Nenhuma força política deve pretender hegemonizar heroicamente essa força, porque ele pertence de verdade à sociedade. Todos sabem o quanto aspiro à união das forças de esquerda, das forças progressistas… Como será, com quem será não tenho resposta…  Sei que essa convergência será um compromisso de coração para restabelecer nossa Democracia.
Neste pensei subitamente num fragmento de um livro que li há muito tempo, e quero lhes compartilhar:
“… ou somos arrastados por uma tendência cada vez mais absurda e destrutiva ou damos aos acontecimentos um sentido diferente.  No transfundo desta apresentação está operando a dialética da liberdade frente ao determinismo, e a busca humana da escolha e o compromisso frente aos processos mecânicos cujo destino é desuhumanizante.”
Caos destrutivo ou revolução – do livro Cartas ao meus amigos – Silo