Mario Aguilar, presidente do Colegio de Profesores de Chile (CPC), maior agremiação sindical da categoria naquele país, acompanhou à distância e com entusiasmo a participação dos professores brasileiros na paralisação nacional do último dia 28. Por vídeo, o sindicalista chileno manifestou sua solidariedade e apoio aos colegas brasileiros.

Na mensagem, Aguilar destacou a massiva participação dos brasileiros na Greve Geral. E enfatizou que “os professores têm sido os baluartes dessa mobilização” contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, e, contra a política neoliberal do governo Michel Temer (PMDB). Apontou ainda que, mais do que quaisquer outros, os professores chilenos conhecem muito bem os danos das políticas privatizadoras para a educação e no trabalho docente, pois historicamente tiveram “uma experiência muito direta” com elas. Referindo-se às privatizações do ensino e da Previdência no Chile perpetradas durante a Ditadura Militar (1973-1989), sob o governo de Augusto Pinochet.

Mario Aguilar, 55 anos, é professor, pai de três filhos, militante do Movimento Humanista e membro do Partido Humanista do Chile. Chegou à presidência do sindicato nacional de professores nas eleições gerais de 2015, após uma vitória expressiva nas urnas. Com cerca de 67% dos votos desbancou a candidatura de Jaime Gajardo, do Partido Comunista Chileno, que por quase uma década dirigiu o Colegio de Profesores.

À frente do CPC, Aguilar tem atuado pela reestatização, universalidade e gratuidade do ensino. Para ele, “o conceito de educação paga é imoral”. Mais além, defende o fim do controle das AFPs (administradoras privadas de fundos de pensões) sobre a previdência e maior diálogo do CPC com o movimento estudantil chileno.

Confira a mensagem do sindicalista chileno aos professores na íntegra:


Obs – Ative as legendas em português ao assistir o vídeo.