A primeira mulher presidente do Brasil foi removida do cargo em 31 de agosto num processo de impeachment. Apesar do impeachment ser um instrumento previsto na Constituição exclusivamente para crimes de responsabilidade, este instrumento legal foi usado de maneira ilegal porque ficou provado que não houve crimes. Mas houve uma ampla e longa campanha que uniu diversas forças e atingiu o primeiro objetivo: tomar a presidência da República sem passar pelo caminho das eleições.

Com o afastamento definitivo da presidenta assumiu o vice, eleito na mesma chapa em 2014. Porém todas suas ações e posturas colocadas em prática desde que formou um governo para o afastamento temporário da presidenta há três meses são opostas ao que foi defendido na campanha eleitoral de 2014. Este senhor tem até o final de 2018 para exercer a presidência e cumprir os outros objetivos do coletivo de forças conservadoras que o levou ao poder.

Trataremos dos demais objetivos em outro artigo.

Mas fica o registro do brilhante jornalista Janio de Freitas: “Os golpistas jamais chamam a si mesmos de golpistas. O Brasil agora é outro”.