O evento reunirá organizações sociais, comunicadores populares e indígenas, acadêmicos e ativistas “para dialogar e construir plataformas, políticas e processos emancipadores, conforme a tradição da região”.

por ALAI

O Equador sedia, nos dias 28, 29 e 30 de junho, o Fórum Latino-Americano e Caribenho de Comunicação Popular e Comunitária – II Fórum Internacional sobre Comunicologia do Sul. O evento reunirá organizações sociais, comunicadores populares e indígenas, acadêmicos e ativistas “para dialogar e construir plataformas, políticas e processos emancipadores, conforme a tradição da região”. Coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e secretária-geral do Barão de Itararé, Renata Mielli participa de debate no dia 28, com o tema “Guerra midiática e os desafios para a democracia na América Latina”.

O Fórum é organizado pelo Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para a América Latina (Ciespal) em parceria com a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Quito) e o Foro de Comunicación para La Integración de NuestrAmérica (FCINA). O evento ocorre em Quito, com entrada livre.

Segundo os organizadores, a proposta é que o Fórum seja um espaço de diálogo, feira, intercâmbio e participação que ajude a fomentar o pensamento em comum, rompendo os abismos e brechas entre universidades, profissionais de comunicação, meios de comunicação, movimentos sociais e organizações populares e comunitárias. “O objetivo primordial da convocatória é desenvolver um diálogo de saberes em torno da comunicação, de modo que desde a experiência, a criatividade, a pesquisa e a prática, sejamos capazes de gerar novas agendas e processos em conjunto”.

Saiba mais sobre o Fórum aqui.

Rechaço ao golpe no Brasil
Em nota, o Foro de Comunicación para la Integración de NuestrAmérica (FCINA) manifestou-se contrário ao processo ilegal de impeachment que avança no Brasil. “O FCINA rechaça e condena o golpe judicial-midiático-parlamentar que tirou Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de cidadãos, da presidência constitucional do país”, assinala o documento. “Além de tirar o poder do Partido dos Trabalhadores e suspender os programas sociais e outros benefício para os menos favorecidos, o golpe significa uma ameaça a todos os processos de integração em nossa região”.

A nota ainda critica os retrocessos do governo interino ilegítimo, citando a conformação ministerial por homens ricos, brancos e acusados de corrupção, além dos ataques a ministérios como o da Cultura. “O golpe no Brasil, sem dúvidas, impacta a perspectiva de construir uma política externa regional independente, promovendo o multilateralismo das relações globais” e “afetando, assim, o projeto de redistribuição de renda e aumentando a exclusão social, a pobreza e a vulnerabilidade social de milhões de latino-americanos e caribenhos”. A nota também condena os ataques da direita continental a Venezuela. Confira a íntegra aqui.

Com informações da Ciespal e FCINA

16 Junho 2016

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