Ex-ditador egípcio, deposto em 2011, e dois filhos são sentenciados por corrupção, acusados de desviar dinheiro público para a manutenção de palácios presidenciais. Os três também devem pagar multa de milhões de dólares.

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e os dois filhos Alaa e Gamal foram condenados neste sábado (09/05) a três anos de prisão por corrupção. A corte egípcia não especificou se o tempo que o ex-mandatário do Egito já passou na cadeia será contabilizado na pena.

No tribunal, Mubarak e os filhos foram mantidos numa cela, usando óculos escuro. Os advogados do ex-ditador podem recorrer do veredicto. Os três já haviam sido condenados anteriormente pelas mesmas acusações, mas um tribunal de recurso anulou a sentença e determinou a realização de novo julgamento.

Os três acusados haviam sido presos em 2011, meses depois de Mubarak ter sido deposto durante uma revolução popular no Egito, após décadas no poder.

Antes de o juiz ler a sentença, Mubarak acenou a apoiadores presentes nas bancadas. O ex-presidente e os filhos também foram multados em 125 milhões de libras egípcias (cerca de 16 milhões de dólares), exatamente a quantia que ele e os filhos foram acusados de desviar de fundos públicos para a manutenção de palácios presidenciais. Eles também terão de devolver outros 21 milhões de libras egípcias, determinou a corte.

Mubarak foi condenado no mesmo tribunal nas imediações do Cairo em que o sucessor, o também deposto presidente Mohammed Morsi, foi sentenciado no mês passado a 20 anos de prisão por incitar a violência. Após o julgamento, Mubarak voltou ao hospital militar do Cairo, onde passou a maior parte do tempo desde que foi detido.

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