Medida é defendida por sindicatos e partidos de esquerda e o alto valor remete ao alto custo de vida; rendimento para uma vida decente é de 3,8 mil francos suíços

por Redação RBA

 

São Paulo – A Suíça votará neste fim de semana uma proposta que regulamenta o primeiro salário mínimo do país, que será de 4 mil francos suíços por mês, ou 22 francos por hora de trabalho (R$ 54,7). Se aprovado, ele será o salário mínimo mais alto do mundo, que equivale a R$ 9.960, mostrou uma reportagem da BBC.

Atualmente, o maior salário mínimo do mundo é de Luxemburgo (US$ 10,65 por hora), seguido pela França (US$ 10,63) e Austrália (US$ 10,21) – todos muito abaixo do valor que um trabalhador suíço pode receber por hora trabalhada, de US$ 24,70.

No Brasil, o mínimo mensal é de R$ 724, o que corresponde a R$ 3,29 por hora e US$ 1,48, convertido para o dólar. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, por exemplo, o custo de vida é uma grande barreira para trabalhadores que recebem o salário mínimo.

O salário mínimo na Suíça é defendido por sindicatos e partidos de esquerda e o alto valor remete ao alto custo de vida. “Estima-se que o mínimo rendimento para uma vida decente no país seja de 3,8 mil francos suíços”, explicou o economista brasileiro Guilherme Suedekum à BBC Brasil.

Em abril, a premier alemã Angela Merkel estabeleceu o novo salário mínimo de € 8,5 por hora, ou cerca de R$ 4,2 mil mensais, que deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2015.

Atualmente, dos 28 países da União Europeia, apenas sete não possuem um salário mínimo fixado nacionalmente: Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia, Chipre, Suécia e Alemanha.