Apesar de reduzir em 4 milhões as pessoas que sofrem com a foma e América Latina ainda tem 49 milhões na mesma situação.

Havana, 5 jan (Prensa Latina) A FAO declarou que a experiência internacional demonstra que a vontade política e a institucionalidade legal são dois aspectos essenciais para avançar no combate à fome no curto prazo.

Assim falou no Chile no Conselho da Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura ( FAO), seu representante regional Raúl Benítez, segundo informou hoje o Escritório em Havana desse organismo da ONU. Na reunião avaliaram-se os cerca de oito anos da iniciativa América Latina e as Caribe sem Fome, ALCSH, um compromisso das nações dessa área para erradicar esse flagelo antes de 2025.

Durante esse período a quantidade dos que sofrem de fome na região reduziu-se em quatro milhões de pessoas, mas ainda restam 49 milhões com fome.

Esse número nos parece totalmente inaceitável, pois o único número que podemos tolerar é fome zero, ressaltou Benítez, que agregou que segundo a FAO essa zona está na dianteira dos esforços globais em garantir segurança alimentar para todos.

Na opinião do funcionário, na América Latina e no Caribe é absolutamente possível erradicar a fome.

Trata-se de uma região que produz alimento suficiente para o dobro da sua população, e existem experiências muito exitosas de programas de segurança alimentar, considerou.

Como exemplo citou os projetos Fome Zero no Brasil ou a Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome.

Na reunião do Conselho, o diretor geral da FAO, José Graziano da Silva, sublinhou o trabalho da ALCSH na construção de uma institucionalidade do direito à alimentação na região.