Montevideo, 3 dic (Prensa Latina) Pese a uma persistente polêmica, os centros de saúde uruguaios podem iniciar, a partir de hoje, processos de interrupção de gravidezes, depois de que entrou em vigência a lei de despenalização do aborto.

Dita despenañização no Uruguai conseguiu-se mediante uma lei aprovada no mês passado pelo Parlamento e promulgada pelo presidente José Mujica, mas existe uma forte resistência à medida e alguns setores opostos à despenalização promovem um plebiscito para derogar a lei.

A coordenadora da Área de Saúde Sexual e Reproductiva do Ministério de Saúde Pública, Leticia Rieppi, assegurou que todos os centros de saúde do país estão aptos para começar o processo e que o ministério realiza um monitoreo cualitativo das ações dos prestadores de saúde.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, Rieppi aclarou que “se avançou muito, as instituições têm tido uma boa receptividade para esta situação, que aqueja a muitas mulheres e não dá a impressão de que vamos ter problemas graves” .

Fez questão da importância de realizar em forma precoz a interrupção, para evitar possíveis complicações posteriores, e agregou que também é necessário que as mulheres coincidam a uma consulta obrigatória depois do procedimento para iniciar a anticoncepção adequada segundo a cada caso.

Por outro lado, informou que o procedimento a seguir inclui assegurar que a mulher cumpre com os requisitos e, depois, lhe coordenar uma entrevista com uma equipe interdisciplinario que a asesorará sobre os riscos, benefícios e procedimentos da interrupção, bem como outras opções, em caso de desistir.

Uma vez passados cinco dias de reflexão, afirmou, a paciente terá uma nova consulta com um ginecólogo para ajustar detalhes do procedimento específico.