Exigir o reinicio da construção do segundo trecho da via Cochabamba-Beni, por esse parque nacional, segundo afirmou a meios de imprensa o cacique maior do Conselho Indígena do Sul (Conisul), Gumercindo Pradel.

Os marchistas demandam a construção dessa rota através do Tipnis, porque significa desenvolvimento e melhoramento das condições de vida das comunidades inseridas nessa reserva natural, com a criação de escolas e centros médicos, além de facilitar aos moradores do bosque o comércio de seus produtos.

A mobilização de uns 500 indígenas originários, que habitam essa reserva da natureza, partiu na passada quarta-feira da localidade de Isinuta, Beni.

Uma anterior caminhada encabeçada por dirigentes da Confederação de Povos Indígenas de Bolívia (Cidob), exigiu em outubro passado ao governo boliviano a paralisação dessa obra rodoviária.

Os diretores da Cidob promoveram a promulgação pelo Executivo da Lei Curta 180 de proteção do Tipnis, que declarou essa zona amazônica intangível de preservação ecológica, e proibiu seja atravessada por estrada alguma.

Assim foi realizado nessa ocasião um protesto de originários, encabeçados por Cidob, que percorreram a pé mais de 600 quilômetros durante 65 dias até La Paz, contra o projeto caminheiro entre as localidades de Villa Tunari (Cochabamba) e San Ignacio de Moxos (Beni).

Enquanto os marchistas da Cidob demandavam que a via interdepartamental afetaria a biodiversidade e o meio ambiente, a administração de Evo Morales apostava pela integração e o acesso a serviços de saúde e educação.

Para o Executivo, depois da marcha de outubro último moviam-se interesses políticos e vínculos com organizações não governamentais e a Embaixada dos Estados Unidos aqui.