A destacada dirigente universitária precisou que concluída a marcha, que partirá de Praça Itália, celebrar-se-á um ato político cultural no Parque Almagro de Santiago.

Figuram como convidados reconhecidos solistas e grupos musicais, entre eles, Pancho Villa, Chico Trujillo, Rebeca Godoy, Manuel García, Illapu e Banda Conmoción.

Sobre a jornada dominical, José Ankalao, presidente da Federação Mapuche de Estudantes apontou que servirá para demonstrar que o protesto social no Chile e, em particular, o Movimento Social por uma Educação Pública e Gratuita está mais vivo que nunca.

Disse que a Confederação de Estudantes do Chile sabe que a gratuidade não se vai conseguir de hoje para amanhã, mas a luta deve seguir em função dessa meta e de gestos políticos que conduzam à conquista desse sonho no futuro, enfatizou.

A agenda do Movimento Social pela Educação Pública e Gratuita contempla ademais uma marcha nacional na próxima quarta-feira rumo à cidade de Valparaíso, a uns 120 quilômetros ao noroeste de Santigo, onde fica a sede do poder legislativo chileno.

Coincidirá essa manifestação com o início dos debates no Congresso do projeto de Lei do Orçamento 2012, desqualificado por acadêmicos, estudantes e professores por considerarem que privilegia a educação privada, em detrimento da pública.

Surpreende-me, indicou o reitor da Universidade de Chile, Víctor Pérez, que ao Estado lhe custe tanto entender o que significa a educação para uma família.

É essencial, apontou, que entendamos que a postergação da educação pública não é mais possível e se não se resolve, voltará a aparecer a cada vez com mais força.

O Orçamento para 2012 claramente não é o que a cidadania estava esperando. Queria-se escutar uma decisão de Estado para ter uma educação pública de qualidade e equitativa e isso não se está vendo na proposta para o próximo ano, reafirmou Pérez.

A marcha pela Alameda neste domingo produz-se ademais no meio de uma forte arremetida da direita dirigente contra a Confederação de Estudantes de Chile e em particular contra Camila Vallejo.

É outra prova do desenfoque da Moneda (o Palácio Presidencial), disse o Rede Diário Digital de Chile.

Os que lançam seus dardos contra Camila não entendem que o atual conflito estudiantil não é o problema, senão o sintoma de um sistema de educação mercantil, fracassado de maneira irremediável, enfatizou a publicação.