O presidente indicou a criação da Direção Geral de Reivindicação Marítima, no seio da chancelaria, e também instou à Assembléia Legislativa Plurinacional a sancionar tratados internacionais que viabilizem esse processo.

Nesse sentido, a Câmara baixa (Deputados) aprovou o Pacto de Bogotá, de 1948, instrumento legal necessário para levar aos tribunais internacionais sua demanda de saída soberana ao oceano Pacifico.

O projeto foi remetido à Câmara alta (Senado) para seu debate e aprovação, afirmou o deputado Héctor Arce.

Na semana também se destacou a assinatura de convênios entre Bolívia e Brasil em temas como o narcotráfico e a migração, de vital importância para ambas as nações, pois estão unidas por uma fronteira de três mil quilômetros.

O chanceler do gigante sulamericano, Antônio de Aguiar Patriota, e seu par boliviano, David Choquehuanca, também assinaram acordos na área da saúde e da agricultura.

A visita de Patriota antecede à do titular de Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, que chegará à Bolívia na próxima segunda-feira 28 de março para consolidar convênios na luta comum contra o narcotráfico.

Outro notícia foi a greve da segunda-feira e terça-feira passadas, convocada pela Central Operária Boliviana (COB), em demanda de maior aumento salarial.

Autoridades e vários setores sociais a catalogaram como um fracasso, pois foi acatada apenas parcialmente.

Segundo explicou ao jornal estatal Cambio o ministro de Comunicação, Iván Canelas, representantes do magistério rural, fabril e mineiros, entre outros, não acataram o protesto para pedir remunerações de quase mil 200 dólares, que o Executivo estima como inviável.

Também o presidente Morales disse que não houve greve porque os setores produtivos trabalharam e só pararam algumas escolas.

Por isso, saudou a consciência do povo e dos trabalhadores que reconhecem o esforço do governameno, ao decretar um aumento de 20 por cento do salário mínimo nacional e de 10 por cento aos professores profissionais da saúde, policiais e militares.