Com o tema: “Migrantes construindo alternativas frente à desordem e a crise global do capital”, o VII Fórum Social Mundial das Migrações será realizado em São Paulo do dia 7 a 10 de julho de 2016.

O evento é um espaço aberto, plural, e diversificado, a fim de propor ações concretas para melhorar as condições migratórias da atualidade. Não é vinculado a partidos e nem a governos. São organizados debates e trocas de experiências mediante o diálogo intercultural.

A capital paulista foi escolhida como sede por ser a primeira cidade da América Latina a criar políticas públicas específicas para migrantes e ser um dos principais eixos de concentração em relação ao continente americano.

O fórum está alicerçado em 6 eixos temáticos e contará com nomes como María Catalina López da Caravana de Madres Migrantes Centroamericanas en búsqueda de sus hijos, Tomás Hirsch, ativista, ex-candidato presidencial e fundador do Partido Humanista do Chile; Leila Khaled, Integrante do Conselho Nacional Palestino; Pablo Ceriani, professor de direitos humanos da Universidade Nacional de Lanus e membro do Comitê da ONU para Migrantes, Argentina; Bela Feldman Bianco, antropóloga e diretora do Centro de Migrações Internacionais (UNICAMP), Brasil; Annalisa Pensiero Antropóloga e integrante do Movimento Humanista da Argentina; Jobana Moya, imigrante boliviana e integrante do Movimento Humanista desde o ano 2000; Susanne Melde, coordenadora do Projeto MECLEP “Migración, Medio Ambiente y Cambio Climático: Datos empíricos para la formulación de políticas” e Paulina Acevedo, Jornalista e licenciada em Comunicação Social do Centro de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade do Chile, dentre outros.

“O Fórum significa um reconhecimento à luta de muitos anos das forças sociais na cidade, sobretudo dos imigrantes que vão assumindo cada vez mais protagonismo. Acredito que os migrantes serão os principais atores deste processo”, diz o ex-coordenador de políticas para imigrantes da Prefeitura de São Paulo e integrante do comitê organizador do Fórum, Paulo Illes.

Os participantes também podem propor atividades para serem apresentadas nos dias do evento, tais como: palestras, seminários, mini-cursos, rodas de conversas, oficinas e outras formas de expressão sempre relacionadas a alguns dos eixos temáticos.

As inscrições para o evento vão até 30 de maio e podem ser feitas no link www.fsmm2016.org

Fórum Social Mundial das Migrações, em Joanesburgo. Crédito: Rodrigo Borges Delfim - Migramundo

Fórum Social Mundial das Migrações, em Joanesburgo.
Crédito: Rodrigo Borges Delfim – Migramundo

A origem do fórum tem os antecedentes alicerçados em 2005, em Porto Alegre, com a primeira edição do evento. O encontro foi organizado por iniciativas de movimentos sociais, ONG’s, sociedade civil, ativistas, acadêmicos, pastorais e outros grupos. Após os debates, emergiu a questão migratória. Nasce então o FSMM, que em 2016 será realizado na capital paulista. O fórum tem contabilizado cinco edições: Rivas-Vaciamadrid, Espanha (2006 e 2008); Quito, Equador (2010); Manila, Filipinas (2012) e Johannesburgo, África do Sul (2014). Neste ano a comissão organizadora espera em média 5.000 mil pessoas, sendo 51% do público composto por imigrantes.

SERVIÇO:
VII Fórum Social Mundial das Migrações
Universidade Zumbi dos Palmares e Centro Esportivo e de Lazer Tietê
AV. Santos Dumont nº843 – Armênia, São Paulo.
Dias: 7 a 10 de julho.

Texto: Secretaria técnica FSMM 2016