Da Agência Lusa

A Coordenação dos Movimentos de Azawad (CMA), que integra os principais grupos rebeldes do Norte do Mali, assinou hoje (20) com o governo do país um acordo para a paz e a reconciliação, considerado histórico.

O acordo, assinado entre Sidi Brahim Sidati, dirigente do CMA, e o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, tem como objetivo o regresso da estabilidade ao Norte do país, região desértica dominada pelos tuaregues, que nos últimos anos passaram a conviver com militares islâmicos ligados à Al Qaeda.

O texto-base do acordo foi assinado em 15 de maio na capital Bamako pelo governo maliano. Os rebeldes tuaregues, no entanto, foram adiando a assinatura do texto final, exigindo negociações adicionais.

O acordo visa a estabelecer uma paz duradoura no Norte do Mali que, no final do primeiro trimestre de 2012, ficou sob o controle de grupos jihadistas ligados à Al Qaeda depois de o exército ter sido derrotado pela rebelião tuaregue.

Na época, os tuaregues primeiramente se aliaram aos jihadistas, mas depois foram dominados pelos grupos islâmicos. Os jihadistas foram parcialmente expulsos da zona por uma ofensiva militar internacional lançada em janeiro de 2013. A operação ainda está em curso em áreas no Norte do Mali, que permanecem fora do controle do poder central.

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