Washington, 3 set (Prensa Latina) A próxima Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deve privar-se de colocar novamente a Rússia no centro de sua atenção, declara hoje um editorial do jornal The New York Times.

É inteligente que os membros da aliança decidam cumprir os acordos de 1997 com Moscou, segundo os quais a OTAN não colocaria forças substanciais na Europa Oriental de forma permanente, acrescenta o jornal.

Segundo o Times, ações desse tipo aumentariam as divisões internas na organização e dificultariam a solução diplomática à crise na Ucrânia.

Embora a OTAN vá observar de perto o papel de Moscou no conflito ucraniano, o mundo também espera que a organização aborde seu futuro papel contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

A reunião, que será realizada em Gales, Reino Unido, pode ser a mais importante desde o fim da Guerra Fria, agrega o Times.

O centro da cúpula será um acordo sobre a formação de uma nova força de reação rápida capaz de mobilizar-se em breve contra a ameaça de uma agressão externa que, nas atuais circunstâncias, se refere aos estados bálticos e à Polônia, acrescenta.

Os líderes dos 28 países membros reafirmarão na Cúpula o princípio chave da aliança, que é a defesa comum -o ataque contra um significa uma ação hostil contra todos-, ao mesmo tempo têm sérias diferenças que poderiam debilitar as iniciativas para lidar com a Rússia, estima o editorial.

Para todas as ações que pretendem realizar no futuro precisam de dinheiro, o que é uma fonte de atrito adicional entre os integrantes da OTAN, porque os Estados Unidos contribui 75 por cento do orçamento da aliança enquanto caem as contribuições das demais nações, conclui o texto.