Quito, 21 ago (Prensa Latina) A defesa do analista e jornalista australiano Julian Assange demanda a intervenção das Nações Unidas no caso, anunciou seu advogado, o jurista espanhol Baltasar Garzón, em declarações difundidas hoje pelo jornal local.

Durante uma visita à Guatemala para participar do V Fórum Esquipulas (dirigido a promover o desenvolvimento da região centro-americana), Garzón advertiu que buscam a intervenção da ONU e denunciam o estado indefeso em que se encontra Assange.

De acordo com o jurista, os dois anos que o fundador da organização Wikileaks permanece encarcerado na sede diplomática são “um tratamento desumano”, citou o jornal El Telégrafo.

Com relação à situação legal, declarou que continua trabalhando para que a liberdade do analista seja reconhecida pelo Tribunal de Apelação de Estocolmo e, se não for assim, recorrerão ao Supremo Tribunal desse país.

Assange permanece aprisionado na embaixada na qualidade de exilado político para evitar ser deportado à Suécia, onde o acusam de supostos delitos sexuais, mas ele assegura que é uma estratégia para depois entregá-lo às autoridades estadunidenses.

O governo norte-americano persegue o jornalista, pois em 2010 o Wikileaks publicou milhares de informações confidenciais e documentos sobre as irregularidades e violações cometidas por Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão, entre outros temas.

Apesar do Equador ter concedido-lhe asilo político, o Reino Unido nega um salvo-conduto para que possa viajar à nação sul-americana, por isso se viu obrigado a permanecer na sede diplomática por mais de dois anos.