No dia 22 de Abril, vimos acontecer na Internet diversos protestos no México e no Brasil pela luta pela liberdade da comunicação e acesso à Internet.

Houve o twitaço nas redes das hashtags #ContraElSilencioMX e #MarcoCivilUrgente, pela democracia na internet. A hashtag #ContraElSilencioMX para denunciar a votação da Lei Telecom (Ley Telecom, como está conhecida nas redes sociais), que fere os direitos à liberdade de expressão na internet, e a #MarcoCivilUrgente para acompanhar a votação, que ocorreu no mesmo dia, do Marco Civil, que surgiu para frisar a liberdade na Internet e inviolabilidade da privacidade de seus usuários no Brasil.

A hashtag #veta15dilma invadiu o twitter, e alerta a presença do artigo 15 do Marco Civil, cujo texto foi alterado depois de submetido ao legislativo. Esse artigo obriga sites e aplicativos geridos por pessoa jurídica que retenham dados de acesso de seus usuários, e ainda permite “qualquer funcionário administrativo, policial ou membro do Ministério Público requerer os chamados logs de aplicação”, conforme foi postado na página do Marco Civil Já.

No México, a iniciativa “anti-ley TeleCom” já conta com apoio de personalidades como Richard Stallman (software livre), Jacob Appelbaum (projeto Tor), e de grupos como La Quadrature du Net que defente direitos e liberdades dos cidadão na Internet no mundo, e da Electronic Frontier Foundation (EFF), umas das principais organizações que defende as liberdades civis no mundo digital. As hashtags utilizadas nos últimos dias além da #ContraElSilencioMX foram #EPNvsInternet (Enrique Peña Neto contra Internet) e #NoMasPoderAlPoder (Não Mais Poder ao Poder) que acompanha a luta contra o controle das idéias.

Em conjunto, a campanha #OurNetMundial acompanha a resistência pela neutralidade na Internet e demanda dos governos medidas que assegurem aos cidadãos de todo o mundo a mesma liberdade que o Brasil tem conseguido junto ao poder público em seu governo, além da ampliação de pontos importantes dos Princípios de Governança da Internet lançada pela NetMundial.com.

A luta pela liberdade de expressão e privacidade na Internet segue com a resistência popular.